Segundo Bartolomeu Campos de Queirós, literatura é feita de imaginação. O olhar é muito raso e só vê as cascas. O nas coisas só a imaginação alcança. Nosso desejo é “adivinhar” o mundo, e esse ato só é possível quando exercemos a imaginação. O livro Mário é o convite perfeito para se adentrar no universo do sonho, do devaneio, para fazer revisitar a força expressiva da linguagem poética, a inventividade das palavras, a sensibilidade adormecida, à volta a pureza da infância. Mário, um nome composto de ar, mar e rio. Mário, o menino poeta, / nasceu em fevereiro. / E no seu nome, que / era feito de mar e rio, / moravam os peixes que / enfeitavam seus sonhos. / (…) Por ser água, / Mário olhava / o céu e as nuvens, / as plantas e as aves. / Por ser mar e rio, / Mário era ar, / por onde voavam pássaros / em som de vento.